terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Máquina que decifrou códigos nazistas será exposta em Porto Alegre


 Máquina que decifrou códigos nazistas será exposta em Porto Alegre

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/01/maquina-que-decifrou-codigos-nazistas-sera-exposta-em-porto-alegre.html

Uma máquina de criptografia utilizada pelos aliados para decifrar as mensagens trocadas por integrantes da força aérea nazista, a Luftwaffe, durante a Segunda Guerra Mundial, será exposta a partir de sexta-feira (11) no museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O equipamento, chamado de Enigma A2200, integra a exposição Alan Turing: Legados para a Computação e para a Humanidade. Um rotor (engrenagem mecânica que permite diferentes configurações) encontrado no iate de Hitler também foi adquirido para a mostra.

De acordo com a UFRGS, a universidade é a primeira do mundo a adquirir o equipamento. No primeiro dia da exposição, professores do Instituto de Informática colocarão a Enigma em operação, das 10h às 12h, para demonstrar como ela era utilizada durante os combates. A entrada é franca.

Professor do curso de Ciências da Computação da universidade e curador da exposição, Dante Barone explicou ao G1 que foram usados recursos do Ministério da Educação para a aquisição do material, que custou cerca de R$ 300 mil, em novembro de 2012. "É uma das principais contribuições dessa área. Temos que formar pessoas que sejam capazes de saber decodificar mensagens, treinar pessoas para que elas possam usar o conhecimento para o bem", disse.

Depois da exposição, que vai até o dia 22 de março, o material será incorporado ao patrimônio do Instituto de Informática. Uma das expectativas do professor é que mais pessoas se interessem pelo assunto e passem a cursar Ciências da Computação.

As máquinas de criptografia eram utilizadas pela Alemanha com o objetivo de resguardar suas informações. Elas adotavam um sistema de três rotores mecânicos, de modo que os dados escritos por uma dessas máquinas somente poderiam ser lidos por ela ou por outra semelhante.
Com o uso dos aparelhos, os generais de Hitler se comunicavam em absoluto sigilo, até que os códigos utilizados para proteger as mensagens foram descobertas por Alan Turing, cientista de computação britânico. A mostra integra as comemorações do centenário do nascimento do cientista.

Pesquisas e treinamento

Para aprender a operar a máquina, um aluno da pós-graduação da Computação da UFRGS viajou para os Estados Unidos, onde permaneceu por uma semana para treinamento. A Enigma foi comprada de um professor que pesquisa máquinas antigas, busca modelos originais e tenta recuperá-las. "Chegamos a ele através da indicação do coordenador do comitê Ano Turing no mundo”, salientou Dante Barone, referindo-se ao o professor Barry Cooper.

Ivan Boesing, de 40 anos, é o aluno da pós-graduação que viajou para aprender sobre o funcionamento da máquina. O manuseio da Enigma será coordenado por ele durante a demonstração ao público no museu.

Serviço

Apresentação da máquina Enigma original da Segunda Guerra Mundial.
Data da demonstração: 11 de janeiro, sexta-feira, das 10h às 12h.
Local: Museu da UFRGS - Av. Osvaldo Aranha, 277, Porto Alegre.
Informações e agendamento de grupos para visitação: (51) 3308.4022 / 3308.3390.
E-mail e site: museu@museu.ufrgs.br / www.museu.ufrgs.br.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

30 anos do DB2

 

Nesse ano o DB2, sistema gerenciador de bancos de dados da IBM, completou 30 anos de existência.

Para comemorar, uma série de eventos físicos e virtuais aconteceram ao redor do mundo.

Destaques para o website de aniversário onde há o link para download de um eBook comemorativo (130 páginas).

Aproveito para colocar o link para uma árvore genealógica dos sistemas gerenciadores de bancos de dados, feito pelo pessoal do HPI.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

40 anos da rede Ethernet


Dentre as diversas inovações tecnológicas que foram introduzidas ao longo da história das redes de computadores, talvez a mais celebrada tenha sido a técnica de transmissão de dados por comutação de pacotes (packet switching), que surgiu em meados nos anos sessenta. Nas redes de computadores baseadas nessa técnica, a informação é dividida em pequenas partes (pacotes) antes de ser enviada. Cada pacote carrega o endereço de origem e o de destino, sendo que os pacotes viajam pela rede como unidades independentes de informação, podendo tomar rotas diferentes até o computador de destino, onde são reordenados e checados e a informação é então reconstituída. A comutação de pacotes permite que diversos usuários compartilhem um mesmo canal de comunicação. A rede de pacotes mais conhecida é sem dúvida a Internet que todos utilizamos hoje, mas um capítulo especial na história das pesquisas com as redes de pacotes ocorreu no início dos anos setenta com o uso de ondas de rádio para fazer comunicação de dados, quando na University of Hawaii, com o apoio da ARPA e da marinha norte-americana, foi construída a ALOHANET, uma rede experimental que interligava os computadores espalhados pelo campus no arquipélago do Oceano Pacífico. 

E foi justamente essa rede (ALOHANET) que serviu de inspiração a Robert Metcalfe, então estudante de doutorado da Universidade de Harvard que desenvolvia uma tese sobre redes de pacotes. Para satisfazer a banca da Universidade, Metcalfe precisava desenvolver alguns aspectos teóricos na sua pesquisa. Como era amigo de Stephen Crocker, gerente de programa da ARPA, recebeu deste alguns documentos sobre a rede havaiana. Metcalfe concentrou-se em melhorar o desempenho da rede através de novos algoritmos de retransmissão de pacotes, que se transformou na base de sua tese, intitulada Packet Communications (1973). 

Enquanto trabalhava na tese, empregou-se no Centro de Pesquisas da Xerox (Xerox PARC), onde estava sendo desenvolvida a worksation Alto, um novo tipo computador, para o qual Metcalfe projetou, em parceria com David Boggs, um sistema de rede local, inicialmente chamado de Alto Aloha Network e posteriormente rebatizado como Ethernet. Essa rede usava cabos coaxiais, ao invés de ondas de rádio, como meio de transmissão, o que oferecia uma maior taxa de transmissão, que combinadas com os novos algoritmos de retransmissão, proporcionaram uma maneira rápida e eficiente de se transmitir dados em pequenas distâncias. Estava inventada a rede local (Local Area Network ou LAN), que agora completa 40 anos.



Minds of Modern Mathematics

Em 1964, na famosa Feira Mundial de NY, a IBM organizou uma exposição intitulada "Mathematica: A World of Numbers ... and Beyond" que fez muita gente apreciar a matemática e a buscar carreira nas áreas de Engenharia e Informática. Em uma das paredes da exposição havia um imenso painel horizontal com a linha do tempo do desenvolvimento da Matemática e sua contribuição para o desenvolvimento da humanidade desde os primórdios dessa ciência até a década de sessenta. 

Para homenagear essa exposição, a IBM criou uma versão digital do painel em forma de aplicativo para iPad, chamado "Minds of Modern Mathematics", que está disponível para download gratuito na Apple Store.

IBM Research Blog

Trabalhando com Jogos Eletrônicos

Fiz uma apresentação em um evento recente, voltado para o público jovem, na qual contei um pouco sobre a origem e evolução dos videogames e o potencial do mercado de trabalho nessa área.

Quem quiser conferir aponte o browser para o SlideShare (link abaixo):

Trabalhando com jogos eletrônicos (SlideShare)


Museu Virtual da Internet

Abaixo o link para um museu virtual com uma lista de fatos e artefatos que surgiram ao longo da história da Internet. Tem diversos memes, programas e sites famosos da rede ao longo dos últimos 40 anos.
The Big Internet Museum 

A prova do Teorema das Quatro Cores

Faleceu em 19 de Abril de 2013, aos 80 anos, o matemático norte-americano Kenneth Appel, um dos dois caras que provaram o "Teorema das Quatro Cores". Esse teorema é algo de formulação e conceitualização muito simples mas de demonstração extremamente complexa. A sua formulação é a seguinte:

"Dado um mapa plano qualquer, dividido em regiões, apenas quatro cores serão suficientes para colori-lo de forma que as regiões vizinhas nunca partilhem de uma a mesma cor".

O uso de tão poucas cores era algo que todos percebiam facilmente (bastava tentar pintar um mapa qualquer) mas ninguém havia conseguido provar matematicamente que isso valeria sempre, para qualquer tamanho e formato de mapa, transformando-o em tema de pesquisa para uma área da matemática chamada de topologia.

O fato é que esse problema, que foi formulado no início do século XIX, sempre atazanou matemáticos do mundo todo, até que em 1976 foi demonstrado por Appel e seu parceiro Wolfgang Haken, que se utilizaram de um computador IBM S/360 (máquina super potente para aquela época), aliás foi uma das primeiras vezes em que se usaram computadores para provar teoremas matemáticos.

Agora você já sabe porque precisa comprar apenas aquela menor caixa de lápis de cor para a matéria de geografia da escola do seu filho.


Link para a notícia no NY Times