sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Computador: A máquina que mudou o mundo


A Máquina Que Mudou o Mundo (1992) é o mais abrangente documentário sobre a história da computação jamais produzido, mas desde seu lançamento se tornou praticamente extinto. Ficou meio por fora do mercado de videos e nunca loi ançado on-line, e as cópias restantes eram antigas fitas VHS em algumas bibliotecas escolares ou nas casas de fãs que gravaram os originais quando foi ao ar na TV. Agora finalmente digitalizaram-se todas as cinco partes, as quais estão agora disponíveis para visualização.

Para saber mais sobre essa iniciativa, clique aqui

Filmes:

Parte 1: Giant Brains

Parte 2: Inventing the Future

Parte 3: The Paperback Computer

Parte 4: The Thinking Machine

Parte 5: The World at Your Fingertips


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Emuladores de computadores antigos


Se você um dia quis saber como se inicializavam e usavam os antigos sistemas, tais como o IBM 1130, DEC PDP-11/70 ou mesmo os velhos micros MITS Altair, então o Computer History Simulation Project é o que você estava procurando. Mas antes de entrar no website do projeto leia esse artigo sobre o assunto publicado no IBM developerWorks.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

20 anos do Linux

A Linux Foundation produziu uma animação para contar a história do Linux, em comemoração ao seu vigésimo aniversário celebrado em Agosto de 2011.




Aproveito para indicar uma apresentação que fiz sobre a história desse sistema operacional



Arquivos do Bell System Technical Journal

A Alcatel/Lucent digitalizou e disponibilizou na Internet todas as edições do Bell System Technical Journal, publicado entre 1922 e 1983, entre as quais estão algumas edições históricas, tais como as que trataram da invenção do transistor (Bardeen, J. ; Brattain, W.H; Shockley, W.), dos princípios da Teoria da Informação (Shannon, C.E.) e do desenvolvimento do UNIX (Ritchie, D.M.; Thompson, K.) . Além do acesso direto a cada edição existe um campo para buscas na coleção.

Para conferir clique aqui: http://www.alcatel-lucent.com/bstj/


sábado, 2 de abril de 2011

O primeiro microcomputador "transportável"



A revista Technologizer publicou uma matéria em referência aos 30 anos do Osborne1, o primeiro computador transportável (Não dá pra chamar de portátil algo que pesava quase 11 kg...) lançado em Abril de 1981. Lembro que naquela época essa maquininha virou a principal vedete nas feiras de informática pelo mundo afora e sonho de consumo de muita gente.

O carismático Adam Osborne (1939-2003), fundador da empresa Osborne Computer Corporation, virou uma celebridade internacional. Estava em todos os programas de TV e painéis de congresso sobre tecnologia e até escreveu alguns livros. Muita gente aprendeu sobre os microcomputadores com os livros dele (alguns em co-autoria com Lee Felsenstein, o projetista do Osborne-1) que foram traduzidos e lançados aqui no Brasil no início dos anos 80.O Osborne1, que custava uns US$ 2 mil, era baseado no processador Zilog Z80A e o sistema operacional CP/M 2.2. e foi o primeiro micro a ser vendido junto com software aplicativo (WordStar, SuperCalc e DBase II) . Apesar do sucesso inicial acabou sendo "atropelado" pelo IBM PC lançado meses depois, baseado na arquitetura Intel x86 e sistema operacional PC-DOS.

(Agradecimentos ao amigo Saliel Figueira pela sugestão de post)


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Faleceu Paul Baran, um dos dois criadores das redes de pacotes

[ 27/03/2011 ---> ttl=0 ]

Os conceitos de comutação de pacotes foram originados, de forma simultânea e independente, por pesquisadores da Inglaterra e dos Estados Unidos na década de sessenta. Um foi o britânico Donald Davies (1924-2000). Nos Estados Unidos, Paul Baran (1926-2011) foi o cara.

Ele trabalhava na RAND como principal engenheiro de um projeto de comunicação mínima essencial encomendado pela Força Aéra, cujo objetivo seria manter uma estrutura que pudesse, em um momento de ataque bélico inimigo, permitir alguma comunicação que viabilizasse o disparo de uma operação de contra-ataque. Nesse projeto Baran propôs o uso de redes de comunicação distribuídas (não centralizadas) com flexibilidade de comutação de pequenos blocos de mensagens (que depois vieram ser chamados de "pacotes") e propôs também que essa comutação precisaria atuar de modo "inteligente", ou seja, automatizada através do uso de computadores operando em modo digital e não mais através de equipamentos telefônicos convencionais operando em modo analógico.

A idéia era ter uma rede de pontos automáticos (não comandados), pela qual passariam os pacotes, de um ponto para outro, até que chegassem ao seu destino final. Esses pontos, ou nós, utilizariam um processo que Baran chamou de Hot Potato Routing (roteamento batata quente), ou seja, quando um nó recebesse um pacote, o guardaria, determinaria a melhor rota para o seu destino e o enviaria para o próximo nó no caminho. Ao usar computadores digitais como nós, isto seria feito a alta velocidade, permitindo essencialmente transmissões em tempo real. Os computadores poderiam utilizar estatísticas, atualizadas constantemente, acerca da rede e de cada um dos seus nós, para determinar qual a melhor rota em dado momento. Este método de usar informações constantemente atualizadas sobre a rede chama-se roteamento dinâmico.

A implementação dessa ideia, entretanto não chegou a ser possível naquele momento. As pessoas e empresas que seriam candidatas a realizar essa tarefa eram “totalmente analógicas” e Baran percebeu que, se as deixasse executar o projeto, esse simplesmente não funcionaria, causaria um enorme desperdício de dinheiro público e poderia condenar a nascente tecnologia (e, em última instância, as suas idéias) a um retumbante fracasso, o que dificultaria o trabalho de uma instituição mais competente no futuro. Por este motivo, preferiu usar seus contatos com os aprovadores de fundo de pesquisa para “congelar” o projeto.

As idéias de Baran, que inicialmente visavam as redes de comunicação de voz, acabaram abastecendo as pesquisas em redes de comunicação de dados, pois, apesar de não terem sido implementadas, foram disseminadas em periódicos especializados e eventos, além de seus relatórios terem sido enviados a outras agências e órgãos do governo. Um exemplo disso é a própria tecnologia que até hoje funciona no TCP/IP da Internet. Em 1967 Lawrence Roberts, então gerente do Projeto ARPANET decidiu pelo uso das redes de pacotes, após ter acesso às pesquisas da RAND e contar com a consultoria pessoal de Baran. É Interessante que o fato da ARPA ter obtido essa consultoria e indicado, em seu relatório original, que ARPANET era um exemplo de rede conforme recomendado pela RAND, pode ter dado origem ao mito de que a Internet (sucessora da ARPANET) é uma rede que foi criada para sobreviver a uma guerra nuclear, quando na verdade sempre foi uma rede que visava o compartilhamento de recursos computacionais e colaboração entre as instituições de ensino e pesquisa.

quinta-feira, 31 de março de 2011

SAGE, um berço de inovação

A Força Aérea dos Estados Unidos, impulsionada pela repercussão da explosão das bombas atômicas experimentais soviéticas no início da década de 50, deu início a um projeto ambicioso chamado SAGE (Semi-Automatic Ground Environment) para criação e implantação de um sistema de defesa contra aviões bombardeiros.

Esse sistema foi implantado entre 1957 e 1961 e operava de maneira distribuída por vinte e três centros de processamento de dados instalados em bunkers gigantescos na América do Norte, cada qual contendo dois computadores de grande porte chamados de AN/FSQ-7 (Army-Navy Fixed Special eQuipment). Essa máquina, especialmente desenvolvida pela IBM, foi rotulada de “cérebro eletrônico” nas manchetes da imprensa da época e é, até hoje, considerado o maior computador que já existiu. Pesava mais de 250 toneladas e usava mais de 50 mil válvulas eletrônicas, que consumiam 3 megawatts de energia elétrica.

O sistema processava um conjunto de informações oriundas de centenas de radares, calculava rotas aéreas e comparava com dados armazenados para viabilizar tomadas de decisão que, de forma rápida e confiável, efetuassem a defesa contra os aviões bombardeiros inimigos potencialmente carregados de artefatos nucleares altamente destrutivos.

Para fazer tamanha complexidade funcionar, uma série de inovações foram introduzidas no projeto, tais como o uso do modem para a comunicação digital através de linhas telefônicas comuns, monitores de vídeo interativos, computação gráfica, memórias de núcleo magnético, métodos de engenharia de software (o sistema possuía mais de 500 mil linhas de código escritas por centenas de programadores), técnicas de detecção de erros e manutenção de sistemas, processamento distribuído em tempo real e operação em alta disponibilidade (cada bunker possuía sempre um de seus dois computadores operando em modo stand-by).

A experiência adquirida pelas pessoas e empresas (Bell, Burroughs, IBM, MIT, SDC e Western Electric) participantes do SAGE foi posteriormente estendida a outros projetos de sistemas militares e civis. Algumas por exemplo, trabalharam no projeto da ARPANET, a rede de computadores que resultou na Internet que todos usamos. Outras trabalharam no sistema de controle de tráfego aéreo civil da FAA (Federal Aviation Administration) nos Estados Unidos. O SAGE também serviu de modelo para o sistema SABRE (Semi-Automatic Business-Related Environment), criado pela IBM em 1964 para controlar, em tempo real, as reservas de passagens aéreas da companhia American Airlines, que funciona até hoje.

O SAGE funcionou até o final de 1983, apesar de que, quando ficou totalmente pronto, no início de 1962, as principais ameaças à segurança aérea já não eram mais os grandes aviões bombardeiros, mas sim os velozes mísseis balísticos intercontinentais, contra os quais o sistema era inútil. Apesar dessa breve “obsolescência”, o SAGE representa um marco importante na história da ciência e da tecnologia, pois, ao se tornar o primeiro sistema on-line, em tempo real e geograficamente distribuído do mundo, desbravou um território inexplorado, com a ajuda de tecnologias e ideias inovadoras que abasteceram de maneira indelével a então nascente indústria de informática.

Para saber mais:

http://www.ibm.com/ibm100/us/en/icons/sage/

http://www.mitre.org/about/photo_archives/

http://www.youtube.com/watch?v=iCCL4INQcFo



segunda-feira, 21 de março de 2011

Ascensão e queda do Waterfall





Uma animação curta sobre a história do modelo de desenvolvimento de software que ficou conhecido no mercado como "Waterfall".

É uma historinha engraçada mas que, no fundo, faz um resgate da memória e da verdadeira contribuição do suposto "criador" do Waterfall, Winston Royce (1929-1955), em relação a esse tema, conforme já foi publicado em aluguns artigos.

O filho do Winston Royce mencionado na animação (Walker Royce) trabalha na IBM nos EUA na área de Software Rational.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Anúncios curiosos....


Que tal um HD de 10 MB por mais de US$ 3000?



Confira esse e outros anúncios curiosos no site "15 Coolest Vintage Tech Ads" (Agradecimentos ao meu amigo Bernardo Fortes pelo link...)

O centenário da IBM


A IBM acaba de lan'çar um vídeo comemorativo do seu centenário, a ser completado em Junho de 2011, que passa por uma série de inovações introduzidas pela empresa - aos longo de todos esses anos - em diversas áreas (hardware, software, matemática, física, direitos civis, etc.). Para conferir clique aqui: