
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Arquivos do Bell System Technical Journal

sábado, 2 de abril de 2011
O primeiro microcomputador "transportável"

O carismático Adam Osborne (1939-2003), fundador da empresa Osborne Computer Corporation, virou uma celebridade internacional. Estava em todos os programas de TV e painéis de congresso sobre tecnologia e até escreveu alguns livros. Muita gente aprendeu sobre os microcomputadores com os livros dele (alguns em co-autoria com Lee Felsenstein, o projetista do Osborne-1) que foram traduzidos e lançados aqui no Brasil no início dos anos 80.

sexta-feira, 1 de abril de 2011
Faleceu Paul Baran, um dos dois criadores das redes de pacotes
Ele trabalhava na RAND como principal engenheiro de um projeto de comunicação mínima essencial encomendado pela Força Aéra, cujo objetivo seria manter uma estrutura que pudesse, em um momento de ataque bélico inimigo, permitir alguma comunicação que viabilizasse o disparo de uma operação de contra-ataque. Nesse projeto Baran propôs o uso de redes de comunicação distribuídas (não centralizadas) com flexibilidade de comutação de pequenos blocos de mensagens (que depois vieram ser chamados de "pacotes") e propôs também que essa comutação precisaria atuar de modo "inteligente", ou seja, automatizada através do uso de computadores operando em modo digital e não mais através de equipamentos telefônicos convencionais operando em modo analógico.
A idéia era ter uma rede de pontos automáticos (não comandados), pela qual passariam os pacotes, de um ponto para outro, até que chegassem ao seu destino final. Esses pontos, ou nós, utilizariam um processo que Baran chamou de Hot Potato Routing (roteamento batata quente), ou seja, quando um nó recebesse um pacote, o guardaria, determinaria a melhor rota para o seu destino e o enviaria para o próximo nó no caminho. Ao usar computadores digitais como nós, isto seria feito a alta velocidade, permitindo essencialmente transmissões em tempo real. Os computadores poderiam utilizar estatísticas, atualizadas constantemente, acerca da rede e de cada um dos seus nós, para determinar qual a melhor rota em dado momento. Este método de usar informações constantemente atualizadas sobre a rede chama-se roteamento dinâmico.
A implementação dessa ideia, entretanto não chegou a ser possível naquele momento. As pessoas e empresas que seriam candidatas a realizar essa tarefa eram “totalmente analógicas” e Baran percebeu que, se as deixasse executar o projeto, esse simplesmente não funcionaria, causaria um enorme desperdício de dinheiro público e poderia condenar a nascente tecnologia (e, em última instância, as suas idéias) a um retumbante fracasso, o que dificultaria o trabalho de uma instituição mais competente no futuro. Por este motivo, preferiu usar seus contatos com os aprovadores de fundo de pesquisa para “congelar” o projeto.
As idéias de Baran, que inicialmente visavam as redes de comunicação de voz, acabaram abastecendo as pesquisas em redes de comunicação de dados, pois, apesar de não terem sido implementadas, foram disseminadas em periódicos especializados e eventos, além de seus relatórios terem sido enviados a outras agências e órgãos do governo. Um exemplo disso é a própria tecnologia que até hoje funciona no TCP/IP da Internet. Em 1967 Lawrence Roberts, então gerente do Projeto ARPANET decidiu pelo uso das redes de pacotes, após ter acesso às pesquisas da RAND e contar com a consultoria pessoal de Baran. É Interessante que o fato da ARPA ter obtido essa consultoria e indicado, em seu relatório original, que ARPANET era um exemplo de rede conforme recomendado pela RAND, pode ter dado origem ao mito de que a Internet (sucessora da ARPANET) é uma rede que foi criada para sobreviver a uma guerra nuclear, quando na verdade sempre foi uma rede que visava o compartilhamento de recursos computacionais e colaboração entre as instituições de ensino e pesquisa.
quinta-feira, 31 de março de 2011
SAGE, um berço de inovação
A Força Aérea dos Estados Unidos, impulsionada pela repercussão da explosão das bombas atômicas experimentais soviéticas no início da década de 50, deu início a um projeto ambicioso chamado SAGE (Semi-Automatic Ground Environment) para criação e implantação de um sistema de defesa contra aviões bombardeiros.
Esse sistema foi implantado entre 1957 e 1961 e operava de maneira distribuída por vinte e três centros de processamento de dados instalados em bunkers gigantescos na América do Norte, cada qual contendo dois computadores de grande porte chamados de AN/FSQ-7 (Army-Navy Fixed Special eQuipment). Essa máquina, especialmente desenvolvida pela IBM, foi rotulada de “cérebro eletrônico” nas manchetes da imprensa da época e é, até hoje, considerado o maior computador que já existiu. Pesava mais de 250 toneladas e usava mais de 50 mil válvulas eletrônicas, que consumiam 3 megawatts de energia elétrica.
O sistema processava um conjunto de informações oriundas de centenas de radares, calculava rotas aéreas e comparava com dados armazenados para viabilizar tomadas de decisão que, de forma rápida e confiável, efetuassem a defesa contra os aviões bombardeiros inimigos potencialmente carregados de artefatos nucleares altamente destrutivos.
Para fazer tamanha complexidade funcionar, uma série de inovações foram introduzidas no projeto, tais como o uso do modem para a comunicação digital através de linhas telefônicas comuns, monitores de vídeo interativos, computação gráfica, memórias de núcleo magnético, métodos de engenharia de software (o sistema possuía mais de 500 mil linhas de código escritas por centenas de programadores), técnicas de detecção de erros e manutenção de sistemas, processamento distribuído em tempo real e operação em alta disponibilidade (cada bunker possuía sempre um de seus dois computadores operando em modo stand-by).
A experiência adquirida pelas pessoas e empresas (Bell, Burroughs, IBM, MIT, SDC e Western Electric) participantes do SAGE foi posteriormente estendida a outros projetos de sistemas militares e civis. Algumas por exemplo, trabalharam no projeto da ARPANET, a rede de computadores que resultou na Internet que todos usamos. Outras trabalharam no sistema de controle de tráfego aéreo civil da FAA (Federal Aviation Administration) nos Estados Unidos. O SAGE também serviu de modelo para o sistema SABRE (Semi-Automatic Business-Related Environment), criado pela IBM em 1964 para controlar, em tempo real, as reservas de passagens aéreas da companhia American Airlines, que funciona até hoje.
O SAGE funcionou até o final de 1983, apesar de que, quando ficou totalmente pronto, no início de 1962, as principais ameaças à segurança aérea já não eram mais os grandes aviões bombardeiros, mas sim os velozes mísseis balísticos intercontinentais, contra os quais o sistema era inútil. Apesar dessa breve “obsolescência”, o SAGE representa um marco importante na história da ciência e da tecnologia, pois, ao se tornar o primeiro sistema on-line, em tempo real e geograficamente distribuído do mundo, desbravou um território inexplorado, com a ajuda de tecnologias e ideias inovadoras que abasteceram de maneira indelével a então nascente indústria de informática.
Para saber mais:
http://www.ibm.com/ibm100/us/en/icons/sage/
http://www.mitre.org/about/photo_archives/
http://www.youtube.com/watch?v=iCCL4INQcFo
segunda-feira, 21 de março de 2011
Ascensão e queda do Waterfall
É uma historinha engraçada mas que, no fundo, faz um resgate da memória e da verdadeira contribuição do suposto "criador" do Waterfall, Winston Royce (1929-1955), em relação a esse tema, conforme já foi publicado em aluguns artigos.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
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O centenário da IBM
